A adolescente americana, Jan Rose Kasmir, aos 17 anos, enfrenta os soldados americanos da Guarda Nacional fora do Pentágono com uma flor nas mãos, durante o protesto anti-Vietnã, em março de 1967. A ousadia de Jan Rose, que pensava colocar a flor no cano da arma de um dos soldados à sua frente, foi registrada pelo fotógrafo francês Marc Riboud, um apaixonado pela notícia e pelo seu envolvimento em situações históricas.
Kasmir vive atualmente com a sua família na Dinamarca e ainda é comprometida com os mesmos ideais de sua juventude. Ela foi fotografada novamente por Riboud em outro protesto pela paz, dessa vez em Londres, durante as manifestações por Liberdade para a Palestina e pelo fim da Guerra do Iraque, em 15 de fevereiro de 2003.
O trabalho de Marc Riboud, atualmente com 86 anos, pode ser conhecido em seu site.
O protesto de Jan Rose Kasmir na versão em lego,
feita pelo artista plástico britânico Mike Stimpson
Ato semelhante se sucedeu ainda em 1967...
O fotojornalista Bernie Boston ficou conhecido pela famosa imagem de um jovem colocando flores nas armas de soldados durante um protesto contra a Guerra do Vietnã em Washington. Sua fotografia "Flower Power" concorreu ao Prêmio Pulitzer, e foi tirada em um protesto pacifista em Washington no dia 22 de outubro de 1967. Bernie Boston faleceu aos 74 anos em janeiro de 2008.
*Ponto de vista
"A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade". Arthur Schopenhauer.
O objeto das manifestações esta relacionado, geralmente, a assuntos de natureza política, econômica e social, portanto, estas devem ser vistas, simplesmente, como um ato coletivo de direito e dever em que os cidadãos se reúnem publicamente para expressar uma opinião política a favor ou contra determinada causa. Um movimento justificado deve gritar se necessário for, mas também tem o dever de apresentar propostas e de saber aguardar o devido acolhimento dos governantes.
O simples ato de colocar uma flor no cano da arma não denota afronta ou desacato, quando se tem ciência que as manifestações que deram causa a esta expressão eram direcionadas aos governantes e não aos policiais que também partilhavam de opiniões semelhantes. Coube a policia gerenciar o conflito em estrito cumprimento de seu dever de representar e salvaguardar os interesses públicos. Aos manifestantes coube propor o diálogo. Este feito heroico não trouxe perturbação da ordem pública, nem mesmo foi associado a praticas terroristas, no entanto distinguiu-se em um momento de crise por emergir a cumplicidade tácita de "resistência não-violenta".
Quando governantes e colaboradores, reconhecem uma manifestação como sendo justa ou equivocada, se ocupam de imediato em apresentar uma resposta razoável aos conflitos, antes desta tornar-se um confronto. Quando a solução encontrada pelos governantes não passa de um embuste, alguns polarizam o assunto entre os prós e contras; situação e oposição; direita e esquerda; oprimidos e opressores; minoria e maioria ou qualquer outro rótulo que sirva de distrações ao espetáculo "pão e circo" que patrocinaram; e, ainda outros aproveitando-se do intervalo simulam sua "saída de cima do muro". Embora, ambos pareçam divergirem entre si, estão apenas decidindo quem, como e quanto tempo ainda lhes restam para continuarem lucrando ao tentarem manter guardado, a qualquer custo, o que ficou submerso da ponta do iceberg.
*(Elizabeth Nogueira)
FONTE
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-flor-e-o-fuzil
https://pimentacomlimao.wordpress.com/2010/01/10/uma-flor-pela-paz/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesta%C3%A7%C3%A3o
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