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"Acho que finalmente me dei conta que o que você faz com a sua vida é somente metade da equação. A outra metade, a metade mais importante na verdade, é com quem está quando está fazendo isso."

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

PROJETO CRIA NOVA FORMA DE PARCERIA ENTRE PODER PÚBLICO E PRIVADO


Uma nova forma de parceria entre o poder público e a iniciativa privada está sendo estudada pelo Senado. É o Contrato de Impacto Social (CIS), previsto em um projeto de lei em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O CIS é o acordo de vontades por meio do qual uma entidade pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, se compromete a atingir determinadas metas de interesse social, mediante o pagamento de contraprestação do poder público.

O autor da proposta (PLS 338/2018), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), explica que, em linhas gerais, é um contrato público a ser firmado com agente privado que fica responsável pela prestação de serviço de impacto social no qual são previstos pagamentos públicos condicionados ao atingimento de metas de resultados pelo contratado.

Segundo ele, o modelo já vem sendo implantado com sucesso em outros países do mundo, e até mesmo por grandes metrópoles, como Nova Iorque. Além disso, seria uma forma de se ampliar as possibilidades de engajamento da iniciativa privada em projetos sociais para além dos limites da filantropia.

A grande vantagem do CIS é o fato de o risco do atingimento das metas de interesse social ser exclusivo do parceiro privado. Se forem atingidas as metas, o poder público realiza o desembolso devido; se não, nada é devido, e o parceiro privado arca integralmente com esse fracasso. Não são poucos os espaços para a atuação de sucesso desse instrumento, mas especialmente na gestão educacional seu campo de relevância será enorme”, explicou ao apresentar o projeto.

O PLS 338/2018 vai passar pelas Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça (CCJ), que vai dar decisão terminativa — ou seja, sem necessidade de análise posterior do Plenário, a menos que haja recurso para isso.

Fonte: Agência Senado

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Especialização, Formalização, Departamentalização


Praticamente uma aula de vida sobre desafios, avaliação de desempenho e enriquecimento do trabalho. 
 
A Gabriela Zavadinack, é Analista no Tribunal Superior do Trabalho, e também conquistou aprovação no TST e em 4 TRTs, sua trajetória é incrível e merece reconhecimento, por todas as aprovações. A Gabriela formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2014, mas como sentia que seu futuro não estava nessa área ela sempre considerava a possibilidade de prestar concurso público. Ela conta que a mãe, dela que é servidora do TRT 9, lhe perguntou, certa vez: “E aí, o que você vai fazer da sua vida agora? Vai ficar no jornalismo mesmo ou vai estudar para concurso?”. Eu, que NUNCA tinha estudado Direito na minha vida, resolvi fazer os concursos do TRT SP e do TRT Campinas (que estavam abertos naquela época) para sentir as provas e tomar a decisão sobre qual caminho seguir. Lembro que, após prestar os dois concursos, pensei: “Se eu estudar pra valer, eu passo”. Foi o que eu fiz"

Assim ela optou pelo cargo de Analista da Área Administrativa (por não ter formação em Direito) de Tribunais do Trabalho (por serem 24 tribunais + o TST). Comprou apostilas, cursos online e passou a montar resumos e a “comer com farinha” toda aquela imensidão de matérias absolutamente novas para ela. 

Eu conhecia os videos da Gabriela então quando me deparei com um resumo de como ela estudou no site do Eduardo, quis compartilhar aqui também, como se segue.

"Salvo português, eu tive que aprender TUDO literalmente do ZERO. Lembro, também, que fui muito desencorajada, pois é um cargo que quase não chama. Eu sempre ouvia: “Se eu fosse você, faria para outro cargo, pois para ser chamada nesse, você vai ter que passar entre os primeiros colocados”. Minha resposta sempre foi: “Pois então eu vou ficar entre os primeiros”. Resultado? Fiz isso CINCO vezes: 5º no TRT 9, 9º no TRT 20, 6º no TRT 24, 4º no TST e 8º no TRT 15.

Desde o primeiro dia, encarei o estudo como um trabalho, com hora para chegar e hora para ir embora. Na minha cabeça, eu batia ponto. Não tinha essa de sair com amiga ou dar uma relaxada no meio do expediente. Eu cumpria a carga horária como se eu tivesse um chefe, o que, quase na totalidade do tempo, fez com que eu sempre cumprisse meu cronograma. Também não saía à noite em dias de semana, minha rotina era bem “militar”: hora para acordar, hora para dormir, hora para ir à academia (nunca larguei, foi o que me manteve sã), hora para comer.

(Tentei, por um tempo, estudar de segunda a segunda sem pausa: meu rendimento caiu vertiginosamente e eu entrei em paranoia. Eu lembro que contava os SEGUNDOS que eu perdia na academia para revezar algum aparelho e, depois, somava esses mesmos segundos para ver quantos minutos eu precisava estudar a mais no meu dia. Doida. Total. Quando me dei conta que isso não dava resultado e que eu estava me tornando uma pessoa insuportável, passei a estudar um pouco aos sábados e, a partir do fim de tarde até o fim da noite de domingo eu NÃO ESTUDAVA. Ficava com a família, lia livros, assistia a filmes/séries, ia cozinhar, enfim, qualquer coisa que não fosse ler o Vade Mecum).

Eu fazia um planejamento quinzenal de estudos. Em todos os dias colocava 3 matérias teóricas e resolução de questões. Estudava por videoaulas, anotava as explicações, lia materiais impressos e, obviamente, dispensava muito tempo para ler lei seca. Fazia revisões periódicas, conforme sentia necessidade. Nunca fiz ciclos de revisão de X horas, Y dias etc., pois esses métodos me causavam muita ansiedade. Havia dias que eu tirava integralmente para revisar, não tinha essa de “tenho que revisar em 15 minutos, senão o mundo vai acabar”. Meu foco sempre foi no MEU estudo, na MINHA vida, na forma como EU estudava. Cometi erros? Óbvio. Mas nada que atrasasse a minha aprovação.

Meu primeiro concurso foi um ano e meio após o início dos meus estudos (TRT-MG). Estudei esse tempo todo sem edital e torcendo, sempre, para demorar um pouco mais, pois ainda não me sentia preparada. Eu tinha que DOMINAR direito constitucional, direito administrativo, direito do trabalho, processo do trabalho (algumas provas cobravam para o meu cargo), administração geral e pública, gestão de pessoas, administração financeira e orçamentária, raciocínio lógico-matemático e informática, e isso LEVA TEMPO. Aprender com profundidade e conectar as matérias LEVA TEMPO.

Enfim, fiz o concurso do TRT-MG (julho de 2015). O nervosismo de primeira prova – aliado à pressão que coloquei em mim de TER que passar, pois eu SÓ estudava – fez com que eu cometesse erros (como marcar 4 questões certas no momento da realização da prova e, na hora de passar para o gabarito, resolver trocar por achar que estavam erradas. Resultado: as quatro estavam certas). Porém, nem tudo foi um desastre, pois meus estudos de caso foram corrigidos, o que demonstrou que eu estava no caminho certo. De qualquer forma, não passei nesse, o que já era esperado.

Segundo concurso foi TRT-RS (setembro de 2015). Nervosismo atacou novamente. Não sei o que houve, mas me perdi absurdamente no tempo de prova e, quando me dei conta, faltavam 40 minutos para entregar e eu ainda não tinha começado sequer o rascunho da redação. Fui ler o tema de novo para pensar no que escrever: “patrimônio imaterial do Brasil”. Entrei em desespero. Lembro que fiz uma oração e pedi: “Deus, se o Senhor está aí, preciso da sua ajuda nesse segundo, me ilumina”. E, milagrosamente – essa é a única palavra que pode definir esse momento – eu comecei a escrever uma redação (até hoje não sei de onde saiu). Fechei com exatas 20 linhas e o fiscal tirou o papel da minha mão no último segundo de prova. Como eu estava nessa hora: chorando e com o corpo e o rosto cobertos de alergia (uma alergia que me dá em momentos de nervoso: urticária gigante). Esse foi o primeiro concurso em que fui aprovada: 46º lugar para analista da área administrativa. Eu sabia que nunca seria chamada, mas foi uma vitória pra mim, pois, naquele momento, senti que estava evoluindo.

Terceiro concurso foi o TRT-PR (final de 2015, em Curitiba, minha cidade). Foi a primeira prova que fiz com tranquilidade. Fiz para técnico (de manhã) e analista (à tarde). Para analista passei em 5º lugar – lembro como se fosse hoje o quanto chorei de alegria nesse dia. Poxa, 5º lugar na minha cidade foi uma felicidade sem fim, além de comprovar que eu estava estudando da forma correta. Arrependo-me por ter feito a prova de técnico, pois errei duas questões específicas de Analista por extremo cansaço. Aprendizado desse concurso: nunca mais fazer duas provas no mesmo dia quando a prova principal for a segunda. De toda forma, essa foi a minha primeira BOA aprovação, que ocorreu um ano e dez meses após eu iniciar meus estudos.

Porém, nem tudo são flores. O cenário era incerto, havia crises econômicas e políticas, enfim, tudo um caos. Na minha cabeça era como se eu não tivesse passado e eu precisava continuar. Mas, um mês após o resultado do TRT-PR (por volta de fevereiro de 2016), um Decreto Federal suspendeu nomeações e concursos por prazo indeterminado. Meu mundo desabou. Perdi totalmente a vontade de estudar, fiquei parada por uns três meses, não queria nem saber. Lembro que fiquei com MUITA raiva. Parecia que todo o esforço tinha sido jogado no lixo.

Ocorre que, um tempo depois, o TRT-SE resolveu fazer concurso (dezembro de 2016). Eu, que morava em Curitiba, teria que atravessar o país para realizar a prova. Foi o que eu fiz. Comprei passagem e encontrei um lugar para ficar no “couchsurfing” – site em que pessoas disponibilizam um quarto na própria residência –, pois não havia mais hotel disponível. Fiz a prova com muita tranquilidade, mas, como não foi um concurso difícil, a nota de corte subiu bastante. Fui aprovada em 9º para Analista. Eu imaginava que, por ter ficado em 5º no TRT-PR, eu também ficaria entre os cinco primeiros nesse, mas concurso público não é uma equação matemática. Enfim, senti que eu deveria ter ido melhor, mas fiquei feliz por estar entre os 10 primeiros.

Quarto concurso foi o TRT-MS (março de 2017). Nessa época eu já havia reduzido a carga horária de estudos e mantinha apenas a revisão. Estava passando por aquele famoso momento da vida do concurseiro em que você quer fazer uma fogueira com todos os materiais porque não aguenta mais. De qualquer forma, me inscrevi e fui fazer a prova. Lembro que errei umas coisinhas MUITO bestas que, hoje em dia, eu jamais erraria. Todavia, fui muito bem na maior parte da prova, o que me rendeu a 6ª colocação para Analista. Depois desse concurso, decidi procurar um estágio em algum lugar (iniciei o Curso de Direito em 2015, no meu segundo ano de estudos para concurso), pois eu não aguentava mais ficar em casa só estudando. Sentia que aquilo não era mais eficaz.

Após um processo seletivo, comecei a estagiar no Tribunal de Justiça do Paraná. Entrei em uma Câmara de Direito Público e comecei a ver, na prática, tudo o que eu estudava. Achei aquilo SENSACIONAL. Foram quase dois anos de aprendizado diário e gratidão por viver aquele momento. Nesse cenário, deixei os estudos para concurso um pouco de lado, eu apenas resolvia questões e relia alguns materiais.

Foi aí, então, que o Tribunal Superior do Trabalho resolveu abrir concurso. Eu estava bem propensa a não fazer a prova, pois já tinha boas aprovações, mas minha mãe não me deu essa alternativa. Ela chegou e falou: “você vai fazer, se for o caso eu pago a passagem, mas você vai fazer”. Eu não me via morando em Brasília e eu estudava para Tribunal REGIONAL, não para tribunal SUPERIOR. Contudo, quando abriu o edital, fui dar uma olhada... e pronto, foi amor à primeira vista. Sabe quando o edital vem pra você? Quando matérias que você odeia não vêm e todas as matérias que você ama vêm? Pois é. Comigo foi isso aí.

Fui fazer a prova em novembro de 2017 (16.000 inscritos para o meu cargo). Como eu estava fazendo estágio nessa época, eu lembro que, na minha cabeça, o pensamento foi “Ah, se eu não passar está tudo bem, eu estou no estágio agora, pode ser que eu comece a advogar futuramente, deixa rolar”. Eu estava, literalmente, passando por uma fase de tranquilidade extrema, a famosa “#goodvibesonly”. Consequentemente, a prova do TST seguiu o fluxo e foi a prova MAIS TRANQUILA de toda a minha vida. Eu lia as questões e resolvia com tanta facilidade, que achei que todas as pessoas iam gabaritar. Lembro que resolvi 70 questões (sim, FCC quis inovar nessa prova) e ainda me sobraram quase 2 horas para elaborar a redação. Desenvolvi super bem o tema (tirei 90) e acertei 91% da prova, o que me rendeu o 4º lugar geral para o cargo de Analista. Foi uma alegria inexplicável. Minha melhor colocação até hoje.

Depois disso, os TRTs de São Paulo e Campinas resolveram abrir concurso (2018). Fiz os dois, mesmo distanciada dos estudos. São Paulo foi um DESASTRE. Minha redação sequer foi corrigida. Nesse caso, tive influência de fatores externos: na noite anterior à prova, comi uma massa que, definitivamente, não me caiu bem (aprendizado aqui: comer uma salada ou uma sopa na noite pré-prova e não um massa aos quatro queijos, ok?). Tive náusea forte desde as 23hs, o que me fez ficar a noite inteira em claro, e, na hora da prova, tive que ir ao banheiro três vezes porque tinha certeza que ia vomitar. Minha cabeça não funcionava. Eu tinha que ler cada questão várias vezes, não conseguia estabelecer um raciocínio. Foi terrível, tudo errado.

Já no TRT Campinas o rendimento foi melhor, mas errei umas coisas muito bestas. Fui aprovada em 8º para Analista nesse concurso, o que me deixou muito orgulhosa mais uma vez, mas com aquela sensação de que poderia ter ido melhor. Hoje vejo que eu estava no meu limite do cansaço, pois eu fazia estágio, faculdade e estava estudando forte para o TRT 15. Somado a isso, esse concurso foi uma semana após o concurso do TRT 2, então foram duas provas/viagens seguidas, exaustivo demais. Lembro que cheguei em casa de manhã e minha mãe estava passando o café. Dei um abraço nela, comecei a chorar muito e disse: “Agora chega, eu não aguento mais, essa foi a última, cheguei ao meu limite”.

Eu não sei se alguém já falou isso pra vocês, mas para mim falaram: “A hora que você chegar ao seu limite é a hora em que você alcançará o sucesso”. Nunca acreditei muito nisso, pois não gosto de romantizar sofrimento. Mas foi exatamente isso o que aconteceu comigo. No momento em que “desisti”, em que parei, em que senti, realmente, que o limite tinha chegado, também chegou a minha nomeação. Em abril de 2019, recebi um e-mail do TST me convocando para tomar posse. EU CHORAVA COMPULSIVAMENTE. Só de escrever isso aqui já tenho vontade de chorar de novo. Quanta emoção nesse dia, nunca terei palavras para descrever. Já no dia 09/05/2019 foi publicada a minha nomeação. E no dia 18/06/2019 entrei em exercício no TST, ganhei meu crachá e meu coração quase explodiu de felicidade. Fui apresentada aos colegas de trabalho como “NOVA SERVIDORA” e isso fez todo o esforço/sofrimento valer a pena.

Hoje moro aqui em Brasília – longe da família e do namorado, o que é muito sofrido para mim, mas sou tão grata por tudo, por todo esse caminho, que não tenho palavras para explicar. Atualmente, eu entendo que tudo isso foi necessário. Desde o início dos meus estudos (fevereiro de 2014), foram cinco longos anos até a nomeação. Compreendo, agora, que esse tempo foi imprescindível para meu crescimento como pessoa, para outras coisas acontecerem (me tornei professora de Administração Financeira e Orçamentária em cursos preparatórios para concurso) e para que, quando eu fosse morar em outra cidade, estivesse madura para isso.

Hoje eu entendo, perfeitamente, que as coisas acontecem no exato momento em que elas devem acontecer. Não dá para gente brigar com o tempo. O esforço contínuo e a vontade genuína de passar em concurso público (ou de atingir qualquer outro objetivo) resultam, inevitavelmente, no sucesso. Pode demorar um pouco mais ou um pouco menos, a depender de cada pessoa, mas o resultado é líquido e certo: você vai passar, você vai ser nomeado(a) e você vai tomar posse. Apenas continue e não desista por nada, pois uma vida maravilhosa te espera".


No vídeo abaixo a Gabriela trata da Especialização (vertical e horizontal) e da formalização; e, então aos 13 minutos e 40 ela aborda a  "departamentalização" funcional em ambientes estáveis, destacando os pontos positivos e negativos da estrutura organizacional (formal) e da estrutura informal que também podem ocorrer, sempre em nível de adaptabilidade.

Identifiquei alguns gaps meus e de outros!  

A departamentalização é benéfica quanto o agrupamento de atividades homogenias (especialização horizontal/funcional) e prejudicial quando impede a visão sistêmica que gera um isolamento das áreas funcionais e uma resistência a mudança.

Regimento Interno Básico das Unidades Prisionais (RIBUP) departamentalização está bem definida e a efetivação se dará em conformidade a estrutura física e humana da Unidade. 

As vantagens da departamentalização por critérios de especialização, serviço, entre outros é que determinado setor (Posto, Função) tem a responsabilidade de atuar de forma independente, eficaz integrada e coordenada, para que as atividades realizadas se harmonizem com o todo.

Caso contrário, quando não há gerenciamento os departamentos perdem a visão global (do todo) e age, diariamente, como se toda a Unidade se resumisse aquele Setor, perde-se na eficiência, pois todos os outros tem também a sua funcionalidade, não se justificando o não cumprimento de suas atribuições para atender uma única atividade.

Temos em uma Unidade Prisional: direção, chefias, setores, postos de serviço definidos e uma rotina diária a ser cumprida dentro de um ambiente de trabalho estável e de adaptabilidade operacional. Portanto, não se pode, simplesmente (e de forma continuada) parar toda a Unidade antes e durante a realização da atividade de determinado setor, deixando "quase tudo" para depois. O quase é restritivo aquelas ações que se faz concomitante atividade "centralizadora". E, depois?! Depois, se faz tudo que ficou sem ser feito, caso ainda seja necessário. 

Algo insustentável, em qualquer Unidade Prisional quer seja de porte pequeno, médio, grande. Caótico mesmo que se trata-se de atividade provisória ou temporária. Que resultado esperar quando são atividades permanentes? 




A Estrutura organizacional de uma empresa é definida de acordo com que as tarefas são distribuídas formalmente, agrupadas e coordenadas, por meio de seis elementos:

Especialização do trabalho: atividades subdivididas em tarefas;
Departamentalização: agrupamento de tarefas;
Cadeia de comando: organograma, onde fica claro a quem o colaborador ou a equipe tem de se reportar;
Amplitude de controle; quantas pessoas ou grupos cada gestor poderá comandar com eficiência;
Centralização e descentralização: a forma de autoridade no processo decisório;
Formalização: regras e regulamentação para coordenar os colaboradores e as gerências.
Os modelos comuns de estrutura organizacional, são:
Estrutura simples: possui baixo grau de departamentalização, grande amplitude de controle, autoridade centralizada em uma única pessoa e pouco formalização. Com essa estrutura, a organização exibe um grupo pouco organizado de colaboradores e uma pessoa concentra toda a autoridade nos processos decisórios.
Burocracia: caracteriza-se pelas tarefas operacionais e rotineiras, realizadas por meio da especialização das funções, com regras, normas e regulamentos. O ponto forte desse modelo é a capacidade de realizar atividades padronizadas de maneira eficiente.
Estrutura matricial: o principal aspecto é agrupar especialistas, compartilhando os recursos entre os diversos produtos.

Nas ultimas décadas, os dirigentes de muitas organizações vêm trabalhando para desenvolver novas opções estruturais que possam ajudar suas empresas a competir mais eficazmente.” (ROBBINS, 2008).

Por meio do equilíbrio das relações e do amadurecimento dos integrantes do processo de relacionamento entre o colaborador e a empresa é possível obter êxito na dinâmica organizacional, ao mesmo tempo que atinge os objetivos pessoais envolvidos no processo, o grupo alcança a eficiência profissional.

A formação e o desenvolvimento de grupos de trabalho exigem atenção, porque as organizações sempre focam no desempenho e nas responsabilidades individuais. O que impede a percepção da necessidade de trabalhar em equipe e a manifestação das atitudes e habilidades necessárias à formação de um grupo de trabalho.

FONTE

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Centro Integrado de Operações em Fronteiras,


O Ministério da Justiça e Segurança Pública pretende inaugurar ainda neste ano o primeiro escritório de inteligência integrado na fronteira de Foz do Iguaçu. A implementação do projeto, que é inspirado no modelo norte-americano, é coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do MJSP e deve receber aportes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Hidrelétrica de Itaipu.

O escritório, um Centro Integrado de Operações em Fronteiras, vai se chamar Fusion Center, assim como nos Estados Unidos, e o projeto piloto vai funcionar em uma área de 600 metros quadrados no Parque Tecnológico de Itaipu. Segundo o coordenador-geral de combate ao crime organizado da Seopi, Wagner Mesquita, 16 instituições trabalham na implementação do projeto, como Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Inteligência (Abin), Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (UIF - antigo Coaf), Receita Federal, entre outros órgãos.

No projeto piloto, a capacidade de operação será de 35 pessoas atuando na produção de conhecimento e outras 20 pessoas atuando no comando e controle de operações, segundo Mesquita. Segundo ele, o objetivo é fortalecer o combate ao crime organizado. “A ideia é que a gente cerque e dificulte a logística do crime organizado nos grandes centros urbanos”, disse.

Principais funções

O escritório vai integrar o trabalho operacional e de investigação dos órgãos de controle e investigação. “Cada instituição tem suas ferramentas e o Fusion Center vai ser um catalisador disso”, explica Mesquita. “A gente tem um centro de comando e controle, onde você pode estabelecer os objetivos da sua operação, minimizar o efetivo, aumentar a eficácia, controlar a tropa em terra, ter geo posicionamento das viaturas, das tropas no terreno, unificar as comunicações. Isso tudo o Fusion está fazendo”, completa.

Além de apoio operacional para as ações das polícias na fronteira, o Fusion Center também vai auxiliar investigações do Brasil inteiro, através do levantamento de informações, processamento e difusão. “Vai ser um polo de inteligência da região e um auxílio para investigações criminais. Investigação de crime organizado no país inteiro tem que se aprofundar na fronteira porque o material que traz dinheiro para facção, vem pela fronteira, seja droga, seja arma, seja material de contrabando. Atacar essas instituições somente no mercado consumidor, estamos fazendo nem metade do serviço”, ressalta Mesquita.

O escritório em Foz do Iguaçu terá um núcleo do Centro Integrado de Inteligência, inaugurado recentemente em Curitiba, que tem o objetivo de auxiliar investigações e produzir conhecimento.

O Fusion Center, que tem a função de coordenar operações na região de fronteira, também vai auxiliar na criação de protocolos de troca de informações entre instituições.

Centro definitivo será construído a partir do ano que vem

O Fusion Center vai começar a operar ainda neste ano no Parque Tecnológico de Foz do Iguaçu, mas a partir do ano que vem começa a construção no endereço definitivo do escritório. O projeto piloto vai receber aportes de Itaipu no valor de R$ 3 milhões para cinco anos de operação. O Ministério da Justiça, por sua vez, vai custear o efetivo.

Já o Fusion Center definitivo vai ficar em um terreno de cerca de 10 mil metros quadrados da Polícia Rodoviária Federal. O custo estimado da construção é de R$ 40 milhões, mas segundo Mesquita, o custo ainda pode diminuir.

Apesar da implementação do projeto estar sendo coordenada pela Seopi, a gestão do Fusion Center será feita pela Polícia Federal, para que o escritório possa fazer acordos de cooperação internacional.

O dinheiro para compra de equipamentos e construção do espaço definitivo, segundo Mesquita, será do BNDES. O banco ofereceu uma linha de crédito de US$ 1,4 bilhões para municípios, estados e União, para projetos vinculados à segurança pública e o Fusion Center é um dos projetos que vai receber os aportes, segundo Mesquita.

Depois da construção do escritório em Foz do Iguaçu, o MJSP pretende ampliar o projeto para outros estados, para que os escritórios trabalhem de forma integrada.

Leia mais aqui https://www.gazetadopovo.com.br/republica/moro-vai-inaugurar-escritorio-de-inteligencia-na-fronteira-inspirado-nos-eua/?fbclid=IwAR2Ne5TMjPE_nPf2V0G7h_bH6d5M8hVFzyvlOHknI7-RZ_X6GVMTGN7sIns

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